Estava a dormir, quando o rapaz dos
meus sonhos me acorda.
Olha-me nos olhos e desaparece numa nuvem de fumo.
De repente, Sininho, com um vestido
de baile para fadas, aparece, puxando-me pela mão até à porta de casa.
Eu
seguia-a.
De repente, havia um mundo “ao
contrário”. Fadas boas estavam vestidas de bruxas más, e vice-versa. Os
restaurantes que pareciam ter manjares apetecíveis tinham afinal comida que
passara pelo caixote do lixo.
E, na verdade, a Sininho, que se
tornara minha amiga era na realidade maldosa.
Abelhas com ar simpático
“amaldiçoavam” o pólen e as aranhas mais assustadoras eram, na verdade, minhas
amigas.
- Mas que estranho! – pensei eu.
Tinha tão bom aspeto! Mas, de repente rapaz que
tinha acordado arrancou-ma da mão e correu às gargalhadas! Gritei, gritei e
gritei.
Não conseguia suportar mais!
- Se calhar é um sonho – disse. –
Acorda, Mariana, acorda!
Mas eu não acordava.